O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a compra pela Brink’s da transportadora de valores Tecnoguarda, que atua nos Estados de Goiás e Mato Grosso. Para dar o aval à operação, porém, o conselho firmou um acordo com as empresas que prevê que a Brink’s não poderá adquirir novas empresas neste setor por três anos em todo o País.

O julgamento foi apertado e duas conselheiras votaram pela reprovação do negócio. No ano passado, o Cade já havia imposto restrição semelhante à Prosegur. Na ocasião, o órgão aprovou a compra da Transvip, mas também determinou que a Prosegur não poderá comprar novas transportadoras por três anos.

No julgamento desta semana a conselheira Paula Farani de Azevedo Silveira – relatora do caso anterior da Prosegur – reprovou a aquisição e detalhou as diferenças entre os casos em seu voto, no que foi acompanhada pela conselheira Lenisa Rodrigues Prado.

Clientes
Usuários de transporte de valores têm relatado ao Cade dificuldades de contratar e postura coordenada das empresas líderes do setor, entre elas a Brink’s e a Prosegur.

Em ofícios enviados ao Cade em diferentes processos, empresas como TecBan, que é dona do Banco24horas, McDonald’s, Magazine Luiza e Drogasil relataram barreiras para contratar transportadoras concorrentes e denunciaram existir uma postura de não concorrência entre as três maiores – o que caracterizaria um cartel.

“Há fortes indícios de coordenação, que não podem mais ser ignorados pelo Cade”, disse o advogado da TecBan, José DelChiaro, no julgamento desta quarta-feira.

Assista, a seguir, alguns dos principais pontos da sustentação de José Del Chiaro na sessão do Cade que avaliou a aquisição.

 

Com informações do UOL.